Ciclo de vida Alien estilo Leonardo Da Vinci por Elkin Salamanca.

Problemas com os Tribbles.

No episódio "Trouble with Tribbles" da série Star Trek, a tripulação da Enterprise sofre com uma praga desses seres. Tudo começa quando um deles é comprado de um mercador, e graças a sua alta capacidade de reprodução seus números aumentam exponencialmente. Como é comentado no episódio, os Tribbles já nascem grávidos e são assexuados, outra característica é o seu ronronar capaz de acalmar seres humanos. 
A justificativa dada por sua alta taxa de reprodução é a intensa predação que eles sofrem em seu planeta natal.

Corte transversal de um Tribble.

Segundo David Gerrold, escritor da série, os Tribbles foram inspirados no caso da introdução de coelhos na Austrália que desbalancearam o ecossistema do continente.
Como é  tradição no seriado, o baixo orçamento é compensado pela criatividade, é interessante como a série consegue prender sua atenção em um episódio em que os aliens não passam  de bolinhas de pêlos, procurarei assistir mais episódios em busca de criaturas e conceitos interessantes.

Fonte: http://aliens.wikia.com/wiki/Tribble
          http://en.wikipedia.org/wiki/Tribble

Pokémon com um toque realista.

Ilustração criada em um concurso de redesign de pokémons, esse foi o desenho vencedor, interessante foi o toque mais realista dado ao bulbassauro, segundo o autor a criatura é uma mistura entre um bulbo genérico e um  lystrossaurus. O lystrossaurus foi uma criatura que viveu entre o período Permiano e o Triássico, eram ancestrais dos mamíferos.

Fonte: http://m0ai.deviantart.com/art/Bulbasaur-redesign-72452897

Os grandes antigos do livro "Nas montanhas da loucura" de H.P Lovecraft.

Pra quem não conhece H.P Lovecraft é um famoso autor de livros de terror e ficção científica, recentemente uma de suas criações mais famosas o Cthulhu ganhou uma fama na internet em certos fóruns e sites. A principal característica de sua obra é o medo do desconhecido, todas as suas histórias giram em torno de alguém se deparando com algo incompreensível, inominável, e tantos outros adjetivos usados pelo autor.
Uma de suas maiores qualidades na narrativa são as descrições, tanto na descrição de paisagens, quanto dos seres fantásticos e das sensações de impotência e desespero dos personagens. No livro "Nas montanhas da loucura", é narrado em primeira pessoa por um explorador uma expedição à  Antártida, em certo ponto são encontrados corpos de criaturas nunca vistas antes, segue um trecho do livro:

“Os objetos têm dois metros e quarenta de ponta a ponta. Torso em forma de barril, com um metro e oitenta, um metro de diâmetro central, trinta centímetros de diâmetro nas extremidades. Cinza-escuros, flexíveis e infinitamente duros. Asas membranosas de dois metros e dez, da mesma cor, encontradas dobradas, nascendo de sulcos entre as rugas. Estrutura das asas tubular ou glandular, de um cinza mais claro, com orifício nas extremidades das asas. Quando abertas, as asas apresentam serrilhamento nas bordas. Em torno do equador, cada qual no ápice central de cada uma das cinco rugas verticais semelhantes a aduelas, ficam cinco sistemas de braços ou tentáculos flexíveis e cinza-claros, encontrados comprimidos fortemente contra torso mas capazes de se estender a um comprimento total de quase um metro. Semelhante a braços de crinóide primitivo. Os pedúnculos, com oito centímetros de diâmetro, subdividem-se após 25 centímetros em cinco subpedúnculos, cada um dos quais subdvidem-se depois de 30 centímetros em pequenos tentáculos ou gavinhas cônicas, dando a cada pedúnculo um total de 25 tentáculos.

“No alto do torso, pescoço curto e bulboso de um cinzento mais claro, com insinuações de guelras ou coisa semelhante; sustenta o que seria uma cabeça, em forma de estrela-do-mar amarelada, coberta por cílios de oito centímetros e várias cores prismáticas. “Cabeça grossa e fofa, com cerca de 60 centímetros de ponta a ponta, com tubos amarelados e flexíveis, de oito centímetros, projetando-se de cada ponta; ao fim de cada tubo há uma expansão esférica, coberta por uma membrana amarelada retrátil, que, quando enrolada, deixa ver um globo vítreo, com íris vermelha, evidentemente um olho. “Cinco tubos avermelhados, ligeiramente mais longos, partem dos ângulos internos da cabeça estrelada c terminam em protuberâncias em forma de saco, da mesma cor, os quais, sob pressão, abrem-se para orifícios campaniformes com cinco centímetros de diâmetro máximo e recobertos com projeções agudas e brancas, que lembram dentes — provavelmente bocas. Todos estes tubos, cílios e pontas da cabeça estrelada foram encontrados comprimidos fortemente para baixo; os tubos e as pontas pendem sobre o pescoço bulboso e o torso. Flexibilidade surpreendente, apesar da enorme dureza. "Na parte inferior do torso existe contrapartidas grosseiras mas de funcionamento dessemelhante da cabeça. Um pseudopescoço cinza-claro e bulboso, sem insinuações de guelras, sustenta uma formação estrelada de cinco pontas, esverdeada. “Braços duros e musculosos, com um metro e vinte, cônicos, com 17,5 centímetros na base e cerca de sete centímetros na extremidade. A cada extremidade prende-se pequena terminação de um triângulo esverdeado e membranoso, com cinco nervuras, medindo 20 centímetros de comprimento e 15 centímetros de largura na ponta externa. Foi pseudópodo ou nadadeira que deixou marcas em rochas com idades que variam de um bilhão a 50 ou 60 milhões de anos. “De ângulos internos da formação estreliforme prometam-se tubos avermelhados de 60 centímetros de comprimento, cônicos, com oito centímetros de diâmetro na base e dois e meio na extremidade. Orifícios nas extremidades. Todas essas partes infinitamente duras e coriáceas, porém extremamente flexíveis. Braços de metro e vinte, com nadadeiras indubitavelmente utilizadas para alguma espécie de locomoção, marinha ou terrestre. Quando movimentados, dão impressão de exagerada muscularidade. Todas essas projeções encontradas fortemente dobradas sobre o pseudopescoço e fim do torso, correspondendo a projeções na outra extremidade. “Não podem ser ainda classificados com certeza no reino vegetal ou animal, mas os indíces apontam para o animal. Provavelmente representam evolução incrivelmente avançada de radiados, sem perda de certas características primitivas. Inequívocas semelhanças com equinodermos, apesar de indícios contraditórios localizados. “A estrutura alar é um enigma, em vista do provável habitat marinho, mas podem ser usadas para locomoção aquática. A simetria é curiosamente vegetal, lembrando a essencial estrutura vertical do vegetal, e não a horizontal do animal. A época de evolução fabulosamente recuada, precedendo até mesmo os mais simples protozoários arqueanos conhecidos, impede qualquer conjectura quanto a origem."

Interessante como o relato é realista, parece ter sido realmente tirado de uma publicação científica, um influência da época que o autor vivia, em que a ciência estava começando a se afirmar na sociedade e progredir cada vez mais. Outro aspecto interessante, vou ter que dar spoilers, é o fato das criaturas terem vindo do espaço em uma nave, um conceito pioneiro para a época, e também sua tecnologia avançada que incluia algo que seria considerado hoje em dia biotecnologia, tudo isso escrito em uma época que mal se imaginava o que era DNA e muito menos manipulação genética. 

Fonte: Nas montanhas da loucura, H.P. Lovecraft
           http://www.hplovecraft.com/creation/bestiary.asp
           http://conceptart.org/forums/showthread.php?130314-Elder-Thing-Concept

Vida em Marte, e é da Disney.

Este é um trecho do episódio "Mars and beyond" exibido em 1957, ele fazia parte do programa de televisão Disneyland, nele é especulado como seria a vida em marte. A qualidade técnica é impressionante assim como a criatividade dos formatos e comportamentos dos seres mostrados. Um conceito interessante mostrado é o da vida feita de silício, que é o elemento que tem  as propriedades mais parecidas  com o carbono,  o elemento químico em que nós somos baseados, o conceito é representado pelas criaturas estranhas de cristal. No final o vídeo adota um tom meio psicodélico que lembra muito a viagem interestelar do filme 2001, uma odisséia no espaço.

Fonte: "Mars and beyond"

After Man e o que é biologia especulativa?

Para estrear meu novo blog vou começar falando do que talvez seja o livro mais famoso de biologia especulativa, o After Man de Douglas Dixon. Pra quem não sabe a biologia especulativa é uma forma de ficção em que se faz um exercício de imaginação sobre como seria a evolução da vida em diferentes situações utilizando conceitos científicos. Em seu livro, Douglas Dixon imagina o que aconteceria em um planeta terra 50 milhões de anos no futuro sem a presença do homem, um trabalho pioneiro que despertou o e popularizou o interesse das pessoas com relação a esse assunto. Embora algumas ideias sejam um  tanto irreais, vários animais retratados são perfeitamente plausíveis e criativos, segue as imagens dos que eu considerei mais interessantes.

Ratos predadores e coelhos adotando o estilo de vida dos antílopes.

Pinguins-baleia.

Um...zubat? E musaranhos com bicos.

Fonte: Douglas Dixon, After Man